A Catedral dos ralis a norte - Fafe, foi palco no passado sábado de mais uma ronda do Campeonato Regional Ralis Nordeste, competição que se inseriu na Taça de Portugal de Ralis e ainda Campeonato de Portugal de Ralis.
O Rallye Serras de Fafe, prova a cargo a Demoporto, fui uma jornada bastante complexa para a dupla Pedro Silva e Valter Cardoso, que apesar de tudo conseguiram somar preciosos pontos para o Campeonato.
No dia anterior ao arranque do rali a dupla fez um pequeno teste, onde viram um amortecedor ceder, conseguindo contudo reparar o carro a tempo das verificações técnicas.
No sábado, as condições climatéricas acabaram por dificultar a tarefa das equipas, já que a muita chuva deixou os troços algo enlameados e propícios a saídas de estrada.
Como nos salienta o piloto de Guimarães “a prova infelizmente correu-nos muito mal. No primeiro troço houve muita chuva, tornando os pisos muito escorregadios, além de ter provocado o embaciamento dos vidros que, infelizmente, o nosso sistema de desembaciamento não conseguiu eliminar, pelo que a visibilidade era muito má... Assim, seguimos num ritmo extremamente lento de forma a não termos nenhum contratempo, pois não conseguia ver onde estavam os trilhos e andávamos muitas vezes em cima da lama solta. Este embaciamento dos vidros prejudicou-nos ao ponto de na segunda passagem, já com o vidro limpo, termos melhorado o tempo em cerca de dois minutos, apesar de termos andado com muitas cautelas, uma vez que já era impossível recuperar o tempo perdido na primeira especial e era importante terminar a prova para podermos marcar pontos. De seguida, fui lentamente ganhando de novo confiança, mas em Montim 2, sensivelmente a meio do troço, uma pancada numa pedra fez a protecção do carter empenar, ficando a tocar no selector da caixa de velocidades, deixando-a encravada em segunda.”
Neste momento e apesar dos percalços, a dupla do Citroën Saxo cumpria o seu primeiro objectivo, já que terminou a componente desportiva do Regional Nordeste, que realizava apenas as 4 primeiras especiais rali.
Na assistência, a equipa técnica da Bastos Sport esteve mais uma vez excelente, resolvendo o problema dentro dos 30 minutos de assistência disponíveis, não incorrendo, portanto, em nenhuma penalização, o que permitiu à dupla partir muito mais motivada para as últimas quatro especiais da prova.
“Na parte da tarde, à medida que íamos fazendo quilómetros, começava a confiar mais em mim e no carro e desta forma fomos aumentando o nosso ritmo gradualmente, conseguindo atingir um ritmo interessante na parte do meio / final de Lameirinha 2, em que acabamos por conseguir obter um tempo satisfatório”, salientou o piloto.
Estando já a fazer uma boa recuperação do tempo perdido, a dupla viu novamente o azar bater-lhes à porta no último troço. “Seguimos confiantes para o ultimo troço, mas a sorte voltou a não estar connosco, pois ainda na fase inicial do troço de Luílhas, logo a seguir ao gancho de Gontim, a jante da frente direita partiu-se depois de um toque numa pedra, pelo que paramos para a trocar, mas acabamos por perder à volta de 10 minutos na operação pois o macaco não estava a funcionar em condições. Em termos de resultado foi um rali para esquecer, mas nem tudo foi mau, pois sinto que consegui melhorar alguma coisa na minha condução em terra, que é um piso onde tenho pouca experiência e onde não me sentia minimamente à vontade, pelo que estou ansioso que chegue a próxima prova neste tipo de piso de modo a poder evoluir ainda mais”, concluiu Pedro Silva
Pedro Silva e Valter Cardoso terminaram na sexta posição do Campeonato Regional Ralis Nordeste, terceira entre os carros de apenas duas rodas motrizes. Na Taça de Portugal de Ralis, concluíram a prova na 16ª posição da geral.
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