Foi uma vitória "de raiva", aquela conquistada por João Barros no Rali
de Mortágua. O piloto da Fibromade teve de se aplicar a fundo para bater
José Pedro Fontes, conseguindo o seu primeiro triunfo da carreira no
Nacional de Ralis por 2,6 segundos.
A prova organizada pelo Clube Automóvel do Centro teve início com a já
tradicional Super Especial e desde logo o piloto do Ford Fiesta R5
mostrou ao que vinha ao cotar-se como o mais rápido embora com uma
vantagem demasiado curta para poder descansar.
José Pedro Fontes, navegado por Inês Ponte a bordo do sempre aplaudido
Porsche 997 GT3, iniciava o rali no segundo posto mas com a disputa dos
primeiros troços da segunda etapa, rapidamente a dupla da Vodafone se
instalou no comando, relegando Barros para o segundo posto. Contudo, a
derradeira secção da prova seria de azar para Fontes, já que o Porsche
acabou por sofrer alguns problemas de travões que diluíram uma quase
certa vitória a uns "insignificantes" 2,1 segundos à entrada do ultimo
troço.
Foi então que João Barros, navegado como habitualmente por Jorge
Henriques, colocou toda a sua garra ao volante conseguindo suplantar
Fontes, obtendo dessa forma a sua primeira vitória no "Nacional".
A ultima posição do pódio ficou na posse de Adruzilo Lopes e Vasco
Ferreira. Autora de uma prova irrepreensível, a dupla do Subaru Impreza
soube mais uma vez cotar-se como a mais rápida entre os carros de Grupo N
e a juntar ao 3º lugar da geral, Lopes e Ferreira saem de Mortágua com o
título na Classe RC2N.
Paulo Neto e Vitor Hugo colocaram o seu Citroen DS3 R3T na 5ª posição
final, fazendo uma exibição notável que os colocou em luta com Ricardo
Teodósio pelo 4º lugar durante todo o rali e, embora batidos pelo piloto
algarvio (com este a revelar grandes dificuldades físicas devido a uma
forte dor muscular), o resultado conseguido deu à equipa uma categórica
vitória entre os carros de 2 rodas motrizes.
Também com razões para festejar ficou Ricardo Marques. O piloto de
Vieira do Minho, navegado por Paulo Marques sagrou-se campeão na
Categoria RC4. A dupla do Peugeot 208 R2 viu a sua vida facilitada
quando o seu mais directo adversário, Gil Antunes, foi forçado a
abandonar com o motor do seu Peugeot partido.
O Nacional de Ralis chega assim à sua recta final, faltando apenas
disputar a ultima ronda em Castelo Branco, uma novidade no calendário do
campeonato agendada para os dias 17 e 18 de Outubro.
Classificação final:
1. João Barros / Jorge Henriques - Ford Fiesta R5 1:03:30,1
2. José Pedro Fontes / Inês Ponte - Porsche 997 GT3 Cup +02,6
3. Adruzilo Lopes / Vasco Ferreira - Subaru Impreza STI R4 +01:30,4
4. Ricardo Teodósio / José Teixeira - Mitsubishi Lancer Evo IX +04:21,8
5. Paulo Neto / Vitor Hugo - Citroën DS3 R3T +04:45,7
6. Ricardo Marques / Paulo Marques - Peugeot 208 R2 +06:27,8
7. Manuel Castro / Mário Castro - Mitsubishi Lancer Evo IX +06:55,9
8. Armindo Neves / Bernardo Gusmão - Peugeot 207 R3T +08:51,0
9. Joaquim Alves / Pedro Alves - Renault Clio R3C +09:33,3
10. Alfredo Barros / Alberto Silva - Ford Fiesta R5 +10:45,1
A prova reservada aos concorrentes do Campeonato Centro acabou por ser, à
semelhança do "Nacional", bastante emotiva quanto a definição do
vencedor.
Carlos Fernandes e Valter Cardoso começaram por ser a dupla mais rápida
na Super Especial, seguidos de perto por Eduardo Veiga e Justino Reis.
Veiga viria a abandonar no inicio da segunda etapa, mas Carlos Fernandes
via Fernando Teotónio a aproximar-se perigosamente da liderança,
conseguindo mesmo chegar ao primeiro lugar no penúltimo troço numa
altura em que o Mitsubishi de Fernandes vinha já a denotar alguma falta
de rendimento. Porém, Carlos Fernandes vinha decidido a vencer o rali e
na última classificativa forçou o andamento o suficiente para recuperar a
posição a Teotónio, sagrando-se dessa forma vencedor do rali.
Fernando Teotónio, navegado por Ricardo Domingos terminou na segunda
posição final, seguido do melhor nas duas rodas motrizes, o Citroen C2
de Miguel Carvalho e Paulo Lopes a fechar as contas do pódio.
Destaque ainda para a prestação de André Cabeças e Bino Santos, cujo 4º
lugar final não é reflexo do excelente rali que fizeram. Apesar de ter
vencido 2 classificativas, a dupla viu a falta de fiabilidade do seu
Mitsubishi como o principal inimigo, com uma transmissão partida e
problemas de caixa de velocidades a não permitirem melhor que a 4ª
posição final.
Classificação final:
1º Carlos Fernandes / Valter Cardoso - Mitsubishi Lancer Evo VI - 32m32,0s
2º Fernando Teotónio / Ricardo Domingos - Mitsubishi Lancer Evo VI - a 5,4s
3º Miguel Carvalho / Paulo Lopes - Citroen C2 R2 Max - a 33,4s
4º André Cabeças / Bino Santos - Mitsubishi Lancer Evo V - a 1m16,9s
5º Paulo Correia / Paulo Amorim - Mitsubishi Lancer Evo VI - a 1m27,1s
FONTE:MSCFOTORALI
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