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João Barros foi um dos pilotos mais aplaudidos no espectacular
“aperitivo” do Rali de Portugal. Mais de 100.000 pessoas estiveram numa
prova onde o piloto do Ford Fiesta R5 diz ter aprendido com os melhores
Poucos momentos foram tão significativos na (ainda) curta carreira de João Barros nos ralis.
O tetracampeão nacional de karting e campeão do CPR2 pôde experimentar
as emoções do WRC Fafe Rally Sprint, na região conhecida como a catedral
dos ralis em Portugal e ao lado de alguns dos melhores pilotos do
mundo. João Barros foi o piloto nacional que mais evoluiu os seus tempos
ao longo das três passagens – retirou nada menos de seis segundos nos
6,3 km da especial - e conseguiu ser o segundo melhor português na
grande final: “Esta paixão e esta moldura humana do Fafe Rally Sprint marcam qualquer ser humano”, comentou no final. “Foi
ao mesmo tempo uma grande emoção e uma grande aprendizagem para mim.
Pude finalmente comparar o meu andamento em terra com o dos adversários
do CNR, algo que não tinha podido fazer no Serras de Fafe. E o balanço é
muito positivo pois estou ao nível de pilotos de grande valor, com
muitos anos de experiências nestes troços e nesta modalidade. Melhorei
imenso não só os meus tempos mas também a afinação do carro, que no
início não era a ideal. E, sobretudo, evoluí muito só ao observar os
pilotos do Mundial. Ver, por exemplo, as trajetórias e o estilo de
pilotagem do Ogier fez-me perceber o que é necessário para explorar
estes carros modernos da forma mais eficaz. E com tão poucas épocas nos
ralis, é este espírito de aprendizagem e humildade que eu tenho de ter
para chegar aos meus objetivos”.
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João Barros também fez questão de destacar “o imenso apoio que senti
das pessoas ao longo da prova, quer no troço quer na assistência e até
pelas redes sociais. Nos últimos dias devo ter recebido várias centenas
de pedidos e mensagens no Facebook. É muito reconfortante receber este
carinho porque realmente dou muito de mim próprio a este desporto, ao
qual não me posso dedicar a cem por cento”, revelou.
Agora, a Fibromade Racing Team enfrenta novo desafio com a estreia de
João Barros numa prova do WRC, o Vodafone Rali de Portugal. “Só esta
segunda-feira vou testar o Fiesta com os pneus do Mundial, que são
diferentes dos do Nacional e que vão obrigar a um novo set-up. Mas quero
ganhar o rali entre os pilotos do CNR, sabendo que é uma prova muito
mais dura do que o que estamos habituados, quer pela extensão dos troços
quer pela gestão que é preciso fazer. Também aqui teremos um desafio e
uma aprendizagem enormes”, antevê João Barros.
O Rali de Portugal terá o seu shakedown na próxima quarta-feira, em Vale
do Judeu, para depois iniciar com a Super Especial de Lisboa na
quinta-feira. A prova do CNR terminará no final da etapa de sexta-feira
mas João Barros e o navegador Jorge Henriques pretendem prosseguir no
rali, caso seja possível, para maximizarem a sua aprendizagem e o
retorno dos patrocinadores.
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