Marco Ferreira e Edgar Gonçalves dominaram as duas rodas motrizes na
fase inicial do Rali de Vila do Bispo, mas a dupla do Citroen Saxo não
teria a sorte pelo seu lado, ao ver a caixa de velocidades ceder quando
lideravam a categoria de duas rodas motrizes.
Depois de terem fechado a temporada passada com o vice-título regional
das duas rodas motrizes, Marco Ferreira e Edgar Gonçalves procuravam
começar o ano da melhor forma, apesar da preparação da temporada não ter
decorrido como a dupla desejava, uma vez que a escalada dos custos
associados às provas os fez confirmar a presença neste rali já muito
tarde, não dando assim possibilidade de fazer os melhoramentos
pretendidos no Saxo.
“Fizemos um esforço enorme para ter o carro em condições de ir à
primeira prova do campeonato. Conseguimos ter o carro pronto, mas não
como pretendíamos, uma vez que não o conseguimos evoluir ao nível da
caixa de velocidades. Apesar de já termos algum material, os timings
eram muito apertados, mas ainda assim marcámos presença nesta primeira
prova, com vontade de pontuar bem”, começou por dizer Marco Ferreira.
O piloto de Santiago do Cacém voltou a começar muito bem a prova de Vila
do Bispo, vencendo as duas primeiras especiais nas duas rodas motrizes,
até que um infortúnio mecânico o fez desistir. “Na última prova do
ano passado, em Ourique, além dos problemas elétricos que nos fizeram
perder muito tempo, provocámos alguns danos na caixa de velocidades, que
só foi possível perceber em concreto depois de a retirar do carro, pelo
que considero que terminámos aquela prova de forma milagrosa. Aqui já
não houve milagres, ficámos logo no arranque do terceiro troço, depois
de termos começado muito bem o rali.
Na Super Especial noturna, onde sabemos que nada se ganha, mas tudo
se pode perder, fizemos uma passagem fluida e sem excessos e conseguimos
o quarto tempo da geral e o melhor dos duas rodas motrizes. Não tomámos
essa posição como algo fácil de manter, pois os quatro rodas motrizes
não dariam hipóteses neste tipo de troços, e a concorrência das duas
rodas motrizes, com máquinas mais potentes e eficazes também não, mas
deu-nos uma motivação extra para arrancarmos bem no segundo dia”.
Depois de mais uma vitória em especiais entre os duas rodas motrizes, a
dupla que conta com os apoios da Tudóptica, JBJF, TransmissãoSado, Hora
D’Impacto, Jorge Amortecedores e Eni acabaria por abandonar, com a
quebra da caixa de velocidades.
“Arrancámos com cautelas para a primeira PEC de domingo, procurando
poupar a caixa ao máximo, e tentando ganhar algum ritmo, pois não
conseguímos treinar neste defeso, mas ainda assim fizemos um bom troço,
onde fomos oitavos da geral e ampliámos a liderança nas duas rodas
motrizes. No arranque do terceiro troço do rali, a caixa cedeu e fomos
obrigados a abandonar, voltando a sentir este amargo sabor quando
liderávamos mais uma prova”.
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