No próximo fim-de-semana tem lugar mais uma edição, a 34ª da Rampa Internacional da Falperra, prova que pontua para os Campeonato da Europa de Montanha e para o Campeonato de Portugal de Montanha.
Esta é a mais importante prova do calendário de Montanha nacional. Organizada pelo Clube Automóvel do Minho, é disputada num traçado com 5,2 Km´s, muito rápido e técnico, que faz as delícias do pilotos.
Para o próximo fim-de-semana 121 pilotos inscreveram-se, estando assim prevista a participação dos favoritos ao Campeonato de Europa, a que se juntam os pilotos nacionais.
Pedro Salvador, o Campeão Nacional em título estreia um Silver Car, na prova bracarense, que lhe permitirá intrometer-se na luta pelas posições do Top 10. Em circunstâncias semelhantes partem ainda Tiago Reis, que lidera o Campeonato de Portugal depois da vitória na Penha, ao volante do Norma e Paulo Ramalho em Juno.
Nesta prova, os pilotos nacionais
têm uma grande oportunidade de se defrontarem com os congéneres
estrangeiros. Mas se é certo que na
classificação geral, uma vitória portuguesa é um feito particularmente
complicado, pois em termos mecânicos é um confronto desequilibrado, já o mesmo
não acontece entre os Turismos e os GT´s.
António Nogueira é um serio candidato à vitória da Categoria 1,
podendo ser também um dos nomes com hipóteses de terminar no grupo dos dez da
frente. Juntam-se a ele, Martine Pereira e
Joaquim Teixeira.
Nos clássico prevê-se uma jornada
bem quente, tal como aconteceu na prova inaugural, em Guimarães, na Rampa da
Penha. José Pedro Gomes levou a
melhor, impondo a lei do Ford Escort MKII, na Categoria 3. Já na Categoria 4 o
domínio de José Artur Teixeira foi
evidente. A ver como se vão passar as coisas na Falperra
SUBA A FALPERRA COM:
Tiago Reis, o actual líder do Campeonato de Portugal de Montanha e Sofia Mouta, uma das mulheres que vão participar na Falperra, explicam como fazem.
Com as atenções cada vez mais focadas na Falperra, Tiago Reis, o vencedor da primeira prova e consequentemente líder do Campeonato de Portugal de Montanha 2013, fala-nos da prova bracarense, pontuável para o Campeonato da Europa:
“A Rampa da Falperra é como o troço da Lameirinha nos ralis, é um circuito mítico que acolhe milhares de aficionados, que com os respectivos farnéis fazem uma autêntica romaria ao longo da pista, transmitindo-nos uma grande emoção quando estamos em prova.
Quando estamos ao volante apenas temos um objectivo, chegar o mais rápido possível ao alto do Sameiro. Olhando ao carro que levo (Norma M20 F), tudo acontece muito rápido, e por vezes não há tempo para pensar, até porque a Falperra é a pista mais rápida do Campeonato. Na minha opinião, a concentração é o principal segredo.
Descrevendo o circuito: após o arranque temos uma zona muito rápida, onde aproveitamos o carro ao máximo numa sequência de curvas praticamente feitas a fundo até à curva do restaurante.
Aqui tardamos a travagem para depois sair com a máxima força até à chicane, uma zona que afunila e que aparece muito depressa, e onde temos que ter muita cabeça para não deitarmos tudo a perder.
Ultrapassada a chicane voltamos a explorar o Norma M20 F ao máximo, de forma a tirar partido de toda a sua potência até à curva da morte, um local de dificuldade acrescida pois chegamos lá completamente a fundo e praticamente com o carro a esgotar.
Depois só temos a curva do Papa, uma direita 90 que antecede a tomada de tempos.
O Norma M20 F é um carro com um comportamento espectacular, que me transmite uma confiança extrema e capaz de eu o levar ao limite sem correr qualquer risco”.
Com as atenções cada vez mais focadas na Falperra, Tiago Reis, o vencedor da primeira prova e consequentemente líder do Campeonato de Portugal de Montanha 2013, fala-nos da prova bracarense, pontuável para o Campeonato da Europa:
“A Rampa da Falperra é como o troço da Lameirinha nos ralis, é um circuito mítico que acolhe milhares de aficionados, que com os respectivos farnéis fazem uma autêntica romaria ao longo da pista, transmitindo-nos uma grande emoção quando estamos em prova.
Quando estamos ao volante apenas temos um objectivo, chegar o mais rápido possível ao alto do Sameiro. Olhando ao carro que levo (Norma M20 F), tudo acontece muito rápido, e por vezes não há tempo para pensar, até porque a Falperra é a pista mais rápida do Campeonato. Na minha opinião, a concentração é o principal segredo.
Descrevendo o circuito: após o arranque temos uma zona muito rápida, onde aproveitamos o carro ao máximo numa sequência de curvas praticamente feitas a fundo até à curva do restaurante.
Aqui tardamos a travagem para depois sair com a máxima força até à chicane, uma zona que afunila e que aparece muito depressa, e onde temos que ter muita cabeça para não deitarmos tudo a perder.
Ultrapassada a chicane voltamos a explorar o Norma M20 F ao máximo, de forma a tirar partido de toda a sua potência até à curva da morte, um local de dificuldade acrescida pois chegamos lá completamente a fundo e praticamente com o carro a esgotar.
Depois só temos a curva do Papa, uma direita 90 que antecede a tomada de tempos.
O Norma M20 F é um carro com um comportamento espectacular, que me transmite uma confiança extrema e capaz de eu o levar ao limite sem correr qualquer risco”.
A ESCOLHA DE SOFIA
Sofia Mouta é uma das poucas mulheres, com M grande, que de volante na mão se bate de igual para igual com os homens.
Bracarense dos quatro costados, está ja a contar os segundos para por o capacete, colocar as luvas, a apertar o cinto desfrutar da "sua" rampa, no seu BMW 320i.
As palavras que se seguem são inteiramente de Sofia Mouta:
"Vermelho…1ª Velocidade engrenada….Verde, temos cerca de 20 segundos para arrancar e os nervos todos começam agora.
O arranque tem que ser feito a dosear o acelerador para não perder muito tempo e não ficar com o carro parado no mesmo sítio. Arrancamos e vamos ter três esquerdas que se aproveitarmos bem as trajetórias são feitas a fundo, abrimos na última, para uma pequena reta, para logo depois nos chegarmos à esquerda e travarmos forte para a direita do “barroco”. Esta direita é feita com calma mas sem perder muito tempo.
Segue-se uma zona rápida, com umas curvas bastante engraçadas onde temos que aproveitar a estrada toda para sermos os mais rápidos possíveis, seguindo-se de uma direita parecida com a do “barroco” onde travamos forte e não posso deixar o carro escorregarm para não repetir um pequeno encontro com os rails que tive em 2012
Após esta direita só voltamos a travar na direita que antecede a curva do restaurante para depois voltar a travar e a reduzir mesmo antes da curva redonda do restaurante saindo desta bem junto ao muro de pedra do lado direito. Mais uma vez preciso de aproveitar a pista toda para não ter nenhuma surpresa e fazer algum pião.
Entramos agora na zona mais rápida do traçado da rampa, depois da curva do restaurante e de uma pequena reta aparece-nos uma esquerda feita a fundo seguida de duas direitas. Na primeira devemos entrar tarde para conseguir fazer a segunda direita a fundo e ter bastante cuidado com a esquerda do “Zé do Telhado” que parece rápida mas que aperta um pouco. Segue-se uma reta e uma direita feita a fundo antes da travagem forte para a chicane.
A entrada na chicane é fácil mas a saída é um pouco apertada e é preciso ter cuidado para não calcar a pequena “banana” amarela na saída desta.
A partir da chicane seria tudo a fundo até a curva da morte mas só para quem tiver alma, para mim ainda é preciso ter algumas cautelas nos ss’s seguintes à chicane que são apertados e nos podem comprometer todo um fim de semana de corridas.
Após esses ss’s vem mesmo a parte rápida da pista, passando a zona dos castelinhos onde o traçado desce um pouco, lá em baixo encontramos a famosa curva da “Morte”. É preciso travar tarde e forte mas ter todas as cautelas porque a curva é muito lenta.
Seguimos a fundo para a curva do “Fojo”, redonda e muito semelhante à parabólica do Circuito Vasco Sameiro, seguindo-se uma pequena reta, uma direita feita a fundo, uma esquerda e direita encadeadas e rápidas e a reta que antecede a curva do “Papa”.
Na curva do papa devemos travar tarde e entrar tarde de modo a fazer uma trajetória limpa e evitar um toque nos rails na saída da mesma. Mais uma pequena reta e… bandeira de xadrez. Já está feita mais uma subida da rampa daFalperra.
Um traçado técnico mas também muito rápido com uma extensão de 5,2 km e milhares de pessoas para nos acarinharem e verem passar!
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