Carlos Vieira prepara-se para enfrentar o seu primeiro Campeonato
Nacional de Ralis por inteiro nesta temporada de 2016, aos comandos do
novíssimo Citroën DS3 R5, viatura que foi adquirida recentemente e que
proporciona todas as condições para lutar pelas principais posições.
Com poucas provas de estrada no seu currículo desportivo, mas com
enormes sucessos na velocidade com títulos nacionais, o piloto de Braga,
vai entrar agora numa outra faceta da sua carreira desportiva.
De fato, não ficou indiferente a ninguém as suas aparições em 2015, quer
aos comandos de um Porsche 997, quer a bordo de um Ford Fiesta R5, pois
Carlos Vieira impressionou, vencendo troços e estando no comando de
provas, como sucedeu recentemente no Rali Casinos do Algarve, para além
de vencer o Rali de Viana do Castelo, do Campeonato Regional Norte.
O piloto da capital do Minho não esconde a sua ambição, mas quer avançar
com cautelas, pois sabe que a temporada é longa e precisa de adaptação,
quer às provas que vai enfrentar e que desconhece, quer ao novo carro.
Também outra alteração será a do navegador, deixando de ser Luís
Ramalho, passando agora a contar com Jorge Carvalho a seu lado: “Os
objetivos nesta fase, não são mais do que adquirir o máximo de
experiência possível. Neste momento a minha experiência continua
limitada pois qualquer situação diferente é sempre nova para mim, até
uma mudança no tipo de piso durante o rali. É claro que num dos testes
que fiz andei num piso muito semelhante ao que vou encontrar, como
noutro teste, experimentei andar na gravilha. Acho que por aí, já sei o
que esperar desta prova, mas qualquer situação extra será sempre uma
novidade. Como por exemplo, se os pisos estiverem húmidos, ou pior, se
estiver a chover, a minha experiência é nula”, explica Carlos Vieira, que fala também do que anseia em termos de classificação: “Primeiro
tentar acabar. Caso esteja seco, seria muito bom para mim, porque é aí
que tenho mais experiência e gostava de saber onde podemos estar no
final de cada troço, e principalmente onde me posiciono no final da
segunda e terceira passagem. Se a previsão de chuva se confirmar, pois,
parece que sim, será novo e nada bom para mim neste primeiro rali, mas
para tudo há uma primeira vez, e se assim for, no final logo se vê onde
acabamos”, salienta.
O piloto de Braga está consciente das suas capacidades, mas neste início
de temporada reconhece que, perante o lote de pilotos e carros
presentes, que representam uma concorrência muito forte: “É sempre
complicado andar no topo quando tudo é novo. É claro que o meu
desconhecimento face aos concorrentes é uma desvantagem grande, tanto a
nível de especiais, como de carro, tal como o rigor nas notas de
andamento. Sei que, como é lógico, evoluí muito, mas ainda tenho um
caminho a percorrer”, admite.
Carlos Vieira já efetuou alguns testes aos comandos do DS 3 R5, tendo já um conhecimento do carro, ainda que superficial: “Fiz
dois testes de mais ou menos 100 quilómetros cada um, como mencionei
antes, e assim o carro não é completamente novo para mim. Toda a
adaptação tem um tempo como é claro. Não vou dizer que quando tiver 1000
quilómetros, ou mais, neste tipo de carros, não vou estar mais à
vontade, mas as coisas são como são, e por isso estou contente com a
minha adaptação”,
Por tudo isto, o piloto não esconde as suas intenções em termos de época são: “Aprender, mostrar que vou válido!”, concluiu.
O Rali Serras de Fafe começa na sexta-feira, 4 de Março, com dupla
passagem pela especial do Confurco (10,88 km – 18h33 e 21h00). No dia
seguinte, os concorrentes têm à sua espera mas oito classificativas.
Assim, na primeira secção cumprirão Luilhas (14,04 km – 09h46), Montim
(8,52 km – 10h45), Lameirinha (14,84 km – 11h12) e de novo Luilhas
(11h44). De tarde começam com Montim (13h58), prosseguindo com
Lameirinha (14h25), Luilhas (14h57) e Montim (15h56). O pódio está
agendado para as 16h45 em Fafe.
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