Ao volante de um Peugeot 106 GTi, José Carvalhido teve no Rali de Viana do Castelo a sua estreia absoluta na modalidade. Acompanhado por Nuno Guerreiro, o piloto vianense concretizou aquele que era um sonho antigo: correr em ralis.
A aventura começou a ganhar forma com a construção do Peugeot e a oportunidade de fazer a estreia em casa foi “ouro sobre azul”. Para José Carvalhido “viver um rali por dentro é de tal maneira intenso que a adrenalina é constante.”
Com uma entrada cautelosa na Super Especial nocturna, a dupla obtinha um modesto 19º lugar na Prova Extra, mas os resultados eram o factor menos importante num rali cheio de emoções onde tudo era novidade.
Para o segundo dia, José Carvalhido e Nuno Guerreiro continuavam no seu ritmo de aprendizagem e concluíam sem problemas a primeira classificativa da manhã.
Cada vez mais confiantes, Carvalhido e Guerreiro partiam para o troço seguinte, feito sempre na mesma toada cautelosa, mas imprimindo um andamento interessante com o pequeno Peugeot. Porém, esta classificativa punha um ponto final no sonho após com um toque já depois da tomada de tempos. Como explica o piloto “foi um erro de principiante que fez com que déssemos um toque logo após a tomada de tempos na primeira passagem por Montaria / Gondar! Tentei minimizar os estragos mas o engano na nota final deste troço fez estragos na roda traseira direita, inviabilizando a nossa continuidade na prova.”
Apesar do contratempo e do final antecipado da sua participação, Carvalhido mostrava-se tranquilo com a sua exibição: “Fizemos 3 Pecs da melhor maneira que sabíamos, com todas as contingências que tínhamos (pneus duros para piso seco, ausência total de experiência e falta de entrosamento nas notas entre a equipa), e apesar do erro cometido o que interessa é que estamos bem e já a recuperar o leaozinho para a próxima.” A participação no Rali de Viana do Castelo só foi possível graças à ajuda de várias pessoas e dos imprescindíveis apoios que o piloto destaca: “Conseguimos estar presentes com a ajuda de algumas pessoas com especial destaque para o meu irmão Tony que com a sua experiência de assistência ao Renato Pita conseguiu montar este carro de raiz! Aproveito então para agradecer a Araújo Geral ( oficina onde se construiu o carro) nas pessoas do Filipe e David Araújo, Adega do Sossego (restaurante e produtor de Alvarinho e Espumante de Alvarinho), Viavolt, Era Ponte de Lima (Andrea Campelo), Paulo dos Pneus, Restaurante S. João (Subportela), Auto Peças de Anha , Casa d'Som, Poliglass, Teixeira & Martins, Plenitude, Leader Design e principalmente ao meu primo e grande amigo Renato Pita que me deu o empurrão inicial e que me tem ajudado imenso tanto a nível material como pessoal com os seus conselhos preciosos.”
A terminar, José Carvalhido não quis deixar de dar uma palavra de apreço a todos quantos apoiaram a equipa durante a prova agradecendo “o apoio incondicional dos meus amigos e da minha família, principalmente da minha mulher que percebeu que não adiantava contrariar este meu sonho em correr em ralis e que acalentava à tantos anos. Também gostaria de deixar aqui um abraço para o meu amigo e navegador Nuno Guerreiro (Nisca) que se tem revelado uma agradável surpresa em todos os aspectos que dizem respeito ao seu papel de navegador. Espero não ter desiludido todos os que nos apoiaram, pois senti um forte apoio e grande camaradagem tanto por parte do publico e amigos, como pelos colegas pilotos e navegadores.”
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