foto António Silva |
“Finalmente o azar terminou”, foi com estas palavras que Marco
Reis acabou o Rali de Mortágua. Na quarta jornada pontuável para o CPR2,
a dupla Marco Reis e Rui Raimundo entrou para a estrada com o objetivo
de fazer o máximo de quilómetros e conhecer um rali, que para o piloto
era a 1ª vez que o disputava, “durante os reconhecimentos achei o rali muito interessante, trabalhoso e bonito.
"Nada fácil pela sujidade, mas também a nossa luta
não era a luta pelos lugares cimeiros, mas sim rodar o máximo possível,
melhorar o andamento gradualmente, e disfrutar do rali”, referia o piloto Marco Reis.
Na super-especial a equipa impôs um andamento cauteloso, pois o rali
seria discutido no dia seguinte, nas 6 longas especiais de Felgueira,
Trezói e Caparrosinha.
Com uma nova decoração, com alusão ao regresso do festival dos
festivais, o Festival Vilar de Mouros, o dia de sábado começou com uma
toada calma, onde a dupla percebia como se encontrava a mecânica do
pequeno Fiat Punto HGT. Com o andamento a subir de intensidade ao longo
da prova, na penúltima especial, e a faltar 2 quilómetros para o fim,
uma rutura de um tubo dos travões levou a equipa a trabalhos forçados,
pois tiveram de fazer a especial até ao final sem travões, numa zona
rápida e a descer, “numa travagem para o gancho, sentimos um barulho
forte e simplesmente tivemos de ir em frente pois o carro não travou.
Como estávamos perto do final da especial arriscamos, pois só nos
faltava uma especial para o fim do rali. Na ligação percebemos a origem
da avaria que solucionamos parcialmente, para que conseguíssemos chegar
ao fim. No entanto, a última especial foi feita com muito cuidado pois a
qualquer momento poderíamos ficar de novo sem travões. Com isso
perdemos alguns minutos que nos fizeram baixar na classificação final”, referia Marco Reis.
Para Rui Raimundo, “o rali tinha um objetivo um pouco diferente. Não
queríamos ganhar, nem andar no limite. Queríamos ganhar ritmo e fazer
quilómetros depois de um início de campeonato com desistências.
Gradualmente fomos melhorando, mas um problema nos travões provocou-nos
alguns calafrios. Conseguimos resolver o problema de forma a só ter
travões nas rodas da frente, mas isso, num rali como este, é fazer o
rali no limite de uma saída de estrada. Levamos o carro até ao fim, e
assim percebemos nesta fase em que nível estamos para a concorrência.”
Com a 5ª posição entre os carros do CPR2, a dupla está já a preparar o
rali do Algarve de forma a divulgar os seus apoios, AMA – Associação
Amigos do Autismo, Festival Vilar de Mouros, AMAzing Publicidade e
Comunicação, Hankook e Monteiros Competições.
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