A terceira etapa da FIA WRC ACADEMY está prestes a arrancar no Rali da
Finlândia, onde João Silva e Hugo Magalhães vão enfrentar mais um enorme
desafio na sua incursão pelo mundial de ralis.
Realizando aqui o que será apenas o seu sexto rali em terra, o piloto
madeirense já partilhou as suas expectativas e fez a sua avaliação
inicial a este rali, conhecido pela sua rapidez, pelos saltos
espectaculares e pela dificuldade que os “rookies” sentem nesta prova,
caracterizada também por inúmeras sequências de curvas e lombas cegas
onde os nórdicos são habitualmente reis e senhores.
Para João Silva, “esta nossa presença na
academia de ralis da FIA é uma oportunidade fantástica de aprendizagem e
evolução, e nada do que que já fiz até este momento em rali, me
preparou para o que aqui encontramos, pois as características são tão
diversas que quase temos de repensar tudo o que aprendemos até aqui, e
reformatar os nosso métodos de trabalho desde a base.”
“As diferenças começam nos reconhecimentos,
onde temos tempo muito limitado para realizar duas passagens em cada uma
das classificativas, e isso implica recolher notas a velocidades médias
de cerca de 60 quilómetros por hora, sem margem para qualquer erro ou
dúvidas.”
“Depois, o tipo de piso em terra batida, que
mesmo tendo alguma areia em cima, quase parece uma pista de asfalto tal o
grau de compactação e de atrito do piso, o que dá uma tracção
fantástica ao Fiesta que me parece estar a corresponder bem em termos de
afinação, pois no teste que realizámos, senti-me muito à vontade com o
carro, embora tenha a perfeita noção que não será por aí que se marca a
diferença neste rali.”
“A velocidade média das classificativas vai
ser muito elevada, e se a isso juntarmos os muitos saltos e lombas
cegas, com curvas encadeadas, e onde o acertar na trajectória de
inserção fará toda a diferença onde qualquer erro se vai transformar em
muito tempo perdido, ou pior, numa saída de estrada. Tenho os pés bem
assentes na terra quando afirmo que o resultado final será o que menos
nos preocupa neste momento, quando o que pretendemos é tirar o maior
partido desta participação no sentido de aprender cada vez mais, evoluir
de forma estruturada e profissional a vários níveis, e com o objectivo
de fazer o máximo de quilómetros e chegar ao final do rali. Nessa altura
poderemos avaliar a nossa participação em função da evolução que isso
nos traz para o futuro.”
O rali da Finlândia arranca esta quinta-feira e terminará Sábado para os concorrentes da FIA WRC ACADEMY.
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